segunda-feira, 23 de março de 2020

Geografia 1 - 7º A, B, C e D (Prof. Alexandre)


BIOMAS BRASILEIROS

Os biomas são extensos e recebem influências de diversos fatores. Por isso, é importante não generalizar as descrições e perceber as potencialidades e fragilidades de cada bioma. Nesta atividade, você terá a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos sobre cada bioma brasileiro por meio das rotações por estações de aprendizagem, de forma lúdica e criativa. Como ponto de partida, leia o texto de cada estação e siga as orientações do(a) professor(a). Lembre-se de registrar os principais aprendizados no seu caderno.

Caatinga
Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga corresponde a 11% do território nacional – área que abrange cerca de 27 milhões de pessoas; a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver. Boa parte de seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em outro lugar do mundo, o que torna este bioma tão importante para o país. Tal importância, no entanto, não impede que 46% de seu território, um total de 844.453 km², seja hoje desmatado e explorado de forma ilegal. Apesar das incidências do clima, do baixo teor de matéria orgânica no solo e da seca, o ecossistema abriga a maior diversidade de plantas conhecida no Brasil e uma das mais importantes áreas secas tropicais do planeta. O clima semiárido da Caatinga a preservou durante muito tempo das investidas dos colonizadores, mas o uso de madeira por lenha, por exemplo, tem empobrecido sensivelmente o bioma. Com a queima de sua biomassa, o ecossistema acaba sendo levado à desertificação.
Pantanal
O Pantanal tem uma das maiores extensões úmidas contínuas do mundo, com grande potencial cênico e rica biodiversidade. Com uma área aproximada de 210 mil km², que o torna o menor bioma em extensão territorial do Brasil, o ecossistema mantém boa parte da sua cobertura vegetal nativa, responsável, talvez, pela permanência de espécies que, em outros biomas, já se mostram em extinção. São cerca de 3,5 mil espécies de plantas, 124 espécies de mamíferos, 463 espécies de aves e 325 espécies de peixes. O bioma se destaca pela forte presença de comunidades tradicionais, como os povos indígenas e quilombolas, que no decorrer dos anos ajudaram a difundir a cultura pantaneira. Pequeno em extensão e tendo apenas 4,4% de seu território protegido legalmente com unidades de conservação, o Pantanal também tem sofrido com as ações antrópicas, sobretudo com as atividades de agropecuária. Além da inadequada ocupação irregular do solo, o extrativismo, a caça e a pesca predatória são encorajados pelo contrabando de peles e espécies raras. A fronteira com outros países sul-americanos aumenta os riscos no ecossistema.
Amazônia
A Amazônia é quase mítica: um verde e vasto mundo de águas e florestas, onde as copas de árvores imensas escondem o úmido nascimento, reprodução e morte de mais de um terço das espécies que vivem sobre a Terra. Os números são igualmente monumentais. A Amazônia é o maior bioma do Brasil: num território de 4,196.943 milhões de km2 (IBGE, 2004), crescem 2.500 espécies de árvores (ou um GEOGRAFIA 85 terço de toda a madeira tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da América do Sul). A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo. As estimativas situam a região como a maior reserva de madeira tropical do mundo. Seus recursos naturais – que, além da madeira, incluem enormes estoques de borracha, castanha, peixe e minérios, por exemplo – representam uma abundante fonte de riqueza natural
Mata Atlântica
Uma das florestas mais ricas em diversidade de espécies. O bioma abrange uma área de aproximadamente 15% do total do território brasileiro, que inclui 17 Estados – Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe – dos quais 14 são costeiros. Hoje, restam apenas 12,4% da floresta que existia originalmente e, desses remanescentes, 80% estão em áreas privadas. A Mata Atlântica abriga cerca de 70% da população, sete das nove maiores bacias hidrográficas do país e três dos maiores centros urbanos do continente sul-americano. A floresta possibilita atividades essenciais para a nossa economia, como a agricultura, a pesca, a geração de energia, o turismo e o lazer.
Pampa
O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. As paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa se caracterizam pelo predomínio dos campos nativos, mas há também a presença de matas ciliares, matas de encosta, matas de pau-ferro, formações arbustivas, butiazais, banhados, afloramentos rochosos etc. Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas indicam valores em torno de 3.000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são mais de 450 espécies (campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, brabas-de-bode, cabelos deporco, dentre outras).
Cerrado brasileiro
Conhecido como “berço das águas” ou “caixa d’água do Brasil”, o Cerrado abriga oito das 12 regiões hidrográficas do país e abastece seis das oito grandes bacias brasileiras. Mas o bioma também é conhecido pelos altos índices de degradação ambiental – a devastação da sua cobertura vegetal já alcançou 52%. O desmatamento afeta o ciclo hidrológico dos ecossistemas, prejudicando o abastecimento da população.

Após ler cada um dos textos faça um resumo em seu caderno das principais características de cada uma dos biomas.

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