BIOMAS BRASILEIROS
Os biomas são extensos e recebem
influências de diversos fatores. Por isso, é importante não generalizar as
descrições e perceber as potencialidades e fragilidades de cada bioma. Nesta
atividade, você terá a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos sobre
cada bioma brasileiro por meio das rotações por estações de aprendizagem, de
forma lúdica e criativa. Como ponto de partida, leia o texto de cada estação e
siga as orientações do(a) professor(a). Lembre-se de registrar os principais
aprendizados no seu caderno.
Caatinga
Único bioma exclusivamente
brasileiro, a Caatinga corresponde a 11% do território nacional – área que
abrange cerca de 27 milhões de pessoas; a maioria carente e dependente dos
recursos do bioma para sobreviver. Boa parte de seu patrimônio biológico não
pode ser encontrado em outro lugar do mundo, o que torna este bioma tão
importante para o país. Tal importância, no entanto, não impede que 46% de seu
território, um total de 844.453 km², seja hoje desmatado e explorado de forma
ilegal. Apesar das incidências do clima, do baixo teor de matéria orgânica no
solo e da seca, o ecossistema abriga a maior diversidade de plantas conhecida
no Brasil e uma das mais importantes áreas secas tropicais do planeta. O clima
semiárido da Caatinga a preservou durante muito tempo das investidas dos
colonizadores, mas o uso de madeira por lenha, por exemplo, tem empobrecido
sensivelmente o bioma. Com a queima de sua biomassa, o ecossistema acaba sendo
levado à desertificação.
Pantanal
O Pantanal tem uma das maiores
extensões úmidas contínuas do mundo, com grande potencial cênico e rica
biodiversidade. Com uma área aproximada de 210 mil km², que o torna o menor
bioma em extensão territorial do Brasil, o ecossistema mantém boa parte da sua
cobertura vegetal nativa, responsável, talvez, pela permanência de espécies
que, em outros biomas, já se mostram em extinção. São cerca de 3,5 mil espécies
de plantas, 124 espécies de mamíferos, 463 espécies de aves e 325 espécies de
peixes. O bioma se destaca pela forte presença de comunidades tradicionais,
como os povos indígenas e quilombolas, que no decorrer dos anos ajudaram a
difundir a cultura pantaneira. Pequeno em extensão e tendo apenas 4,4% de seu
território protegido legalmente com unidades de conservação, o Pantanal também
tem sofrido com as ações antrópicas, sobretudo com as atividades de
agropecuária. Além da inadequada ocupação irregular do solo, o extrativismo, a
caça e a pesca predatória são encorajados pelo contrabando de peles e espécies
raras. A fronteira com outros países sul-americanos aumenta os riscos no
ecossistema.
Amazônia
A Amazônia é quase mítica: um
verde e vasto mundo de águas e florestas, onde as copas de árvores imensas
escondem o úmido nascimento, reprodução e morte de mais de um terço das
espécies que vivem sobre a Terra. Os números são igualmente monumentais. A
Amazônia é o maior bioma do Brasil: num território de 4,196.943 milhões de km2
(IBGE, 2004), crescem 2.500 espécies de árvores (ou um GEOGRAFIA 85 terço de toda
a madeira tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da
América do Sul). A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre
cerca de 6 milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas,
corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175
milhões de litros d’água a cada segundo. As estimativas situam a região como a
maior reserva de madeira tropical do mundo. Seus recursos naturais – que, além
da madeira, incluem enormes estoques de borracha, castanha, peixe e minérios,
por exemplo – representam uma abundante fonte de riqueza natural
Mata Atlântica
Uma das florestas mais ricas em
diversidade de espécies. O bioma abrange uma área de aproximadamente 15% do
total do território brasileiro, que inclui 17 Estados – Alagoas, Bahia, Ceará,
Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná,
Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, São Paulo e Sergipe – dos quais 14 são costeiros. Hoje, restam
apenas 12,4% da floresta que existia originalmente e, desses remanescentes, 80%
estão em áreas privadas. A Mata Atlântica abriga cerca de 70% da população,
sete das nove maiores bacias hidrográficas do país e três dos maiores centros
urbanos do continente sul-americano. A floresta possibilita atividades
essenciais para a nossa economia, como a agricultura, a pesca, a geração de
energia, o turismo e o lazer.
Pampa
O Pampa está restrito ao estado
do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Isto
corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. As
paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros
rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à
biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa se caracterizam pelo predomínio
dos campos nativos, mas há também a presença de matas ciliares, matas de
encosta, matas de pau-ferro, formações arbustivas, butiazais, banhados,
afloramentos rochosos etc. Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o
Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não
completamente descrita pela ciência. Estimativas indicam valores em torno de
3.000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são mais de
450 espécies (campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, brabas-de-bode,
cabelos deporco, dentre outras).
Cerrado brasileiro
Conhecido como “berço das águas”
ou “caixa d’água do Brasil”, o Cerrado abriga oito das 12 regiões hidrográficas
do país e abastece seis das oito grandes bacias brasileiras. Mas o bioma também
é conhecido pelos altos índices de degradação ambiental – a devastação da sua
cobertura vegetal já alcançou 52%. O desmatamento afeta o ciclo hidrológico dos
ecossistemas, prejudicando o abastecimento da população.
Após ler cada um dos textos faça um resumo em seu caderno
das principais características de cada uma dos biomas.
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