quinta-feira, 14 de maio de 2020

História (11 a 15/05) - 9º A, B, C e D (Profª Fernanda)


Conteúdo/Tema: Modernização e urbanização no Rio de janeiro no início do século XX

Objetivo (s):
·         Identificar alguns mecanismos de exclusão presente na politica de urbanização e higienização do país.
Habilidade (Apoio LP): Identificar informação explicita e ideia implícita presente no texto.  
Estratégia: Interpretação de textos, uso do dicionário para ampliação do vocabulário.

Queridos alunos, vocês assistiram a aula do professor Carlos, no Centro de Mídias São Paulo, dia 13 de maio, cujo tema era Modernização e Urbanização no Rio de janeiro. O objetivo da aula era perceber que as reformas urbanas da época, baseadas nos padrões europeus, além de trazer uma modernidade arquitetônica e novos valores aos habitantes do Rio de Janeiro,  foram extremamente excludentes, expulsando os pobres da região central. Caso queiram assistir novamente, aqui está o link: https://youtu.be/AsQ-hgDpUQ4

Assista aos vídeos


 https://www.youtube.com/watch?v=_UDYnnQSDzk   A história da Avenida Rio Branco -| Eduardo Bueno;

https://www.youtube.com/watch?v=ufyoDR7ls7Y    Desvendando a História - Reforma Pereira Passos

 

Leia o texto sobre a reforma urbana de Pereira Passos

No começo do século XX, o Rio de Janeiro, apesar de sua deslumbrante paisagem natural, era em muitos aspectos um lugar difícil para se viver. Fruto de uma urbanização acelerada e sem planejamento, o centro do Rio era uma região tão interessante quanto caótica. Suas vielas estreitas e sinuosas, úmidas, sujas e mal iluminadas eram foco permanente de doenças. As epidemias eram frequentes; o trânsito, uma grande confusão.
Os pobres, grande parte deles, moravam em habitações coletivas sem as mínimas condições de higiene. Pelas ruas do centro da cidade uma profusão de gente, carroças e carruagens disputava ojá reduzido espaço com o bonde e com os primeiros automóveis – signo maior de nossa modernidade tropical. Para muitos higienistas, sanear era construir avenidas; era alargar as ruas para melhor aproveitamento do sol e dos ventos; era mudar os costumes; era demolir o velho e insalubre casario.
Sucessor de Campos Sales na presidência da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves (1902-1906) fez de seu programa de governo um compromisso com essas ideias. Saneamento e modernização foram as suas promessas. Para tocar a reforma urbana, Rodrigues Alves convidou o engenheiro Francisco Pereira Passos, nomeado prefeito da capital com poderes discricionários. A saúde pública – cujo comando foi entregue a Oswaldo Cruz – e as obras de maior vulto, como a modernização do porto e a construção das avenidas Central e do Mangue, ficaram sob a responsabilidade do governo federal. Inaugurada em 1905, a avenida Central (hoje Rio Branco) tornou-se o grande símbolo da reforma.
Inspirada no plano de remodelação de Paris executado pelo barão Georges-Eugène Haussmann ainda no século XIX, a Reforma Pereira Passou transformou radicalmente a fisionomia do centro do Rio. Em poucos anos, uma nova metrópole nasceria dos escombros da velha cidade. Edifícios suntuosos e de arquitetura variada surgiram para ornamentar as novas avenidas; hábitos considerados incompatíveis com os preceitos da higiene pública foram proibidos; novas redes de esgoto e de abastecimento de água foram construídas, assim como novas linhas de bonde, agora eletrificadas; a iluminação pública, antes fornecida pelos lampiões a gás, começou a ser substituída por postes de eletricidade. Com a remodelação do traçado urbano do centro, o tráfego desafogou; a cidade se expandia em todas as direções.
Mas, apesar de todas essas melhorias, a reforma teve também o seu lado sombrio e excludente. Centenas de casebres e cortiços foram demolidas por motivos de higiene ou para dar passagem às novas artérias que surgiam em ritmo vertiginoso. Com as demolições, a população que tinha alguma fonte de renda deslocou-se do centro para o subúrbio, enquanto que os mais pobres foram habitar as encostas dos morros, engrossando o contingente populacional das favelas que começavam a surgir. O “furor das picaretas regeneradoras” – para usar a expressão de Olavo Bilac – recebeu da população o apelido de “Bota-Abaixo”. 

a)      Descreva como era o Rio de Janeiro antes das reformas urbanas realizadas pelo prefeito Pereira Passos.




b)      Comente as mudanças ocorridas  no Rio de Janeiro com o projeto de modernização e urbanização realizada durante o governo de Rodrigues Alves.




c)      A imagem abaixo mostra o Teatro Municipal, inaugurado em 1909 durante a prefeitura de Pereira Passos como parte do conjunto arquitetônico das obras de reurbanização do Rio de Janeiro e abertura da Avenida Central. Explique a legenda da imagem: Reforma Urbanística de Pereira Passos, o Rio com cara de Paris , comprovando  sua resposta de um fragmento do texto acima.

     Reforma Urbanística de Pereira Passos, o Rio com cara de Paris


a)       Relacione a política de modernização do Rio de Janeiro e o surgimento de favelas




Responda as questões no caderno, não precisa me enviar. Darei visto quando retornarmos! Abraços e bons estudos! 

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