"Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer
tudo e bem feito"
Pitágoras
Objeto de Conhecimento: Sociedade Conscientizada
Prática de Linguagem: Leitura
Habilidade: EF69LP14 –Analisar tema ou questão polêmica,
explicações ou argumentações em textos de relevância social.
Metodologia: De acordo com as aulas de Língua
Portuguesa do Centro de Mídias, referente à semana do dia 08/05, foi abordado o
assunto relacionado à uma Sociedade Conscientizada. Se necessário, assista a
aula novamente e faça uma leitura atenta para responder às atividades.
Observação: Os exercícios deverão ser realizados no
caderno de Língua Portuguesa, você deverá colocar apenas as respostas.
1. Leia os textos 1 e 2 para realizar as atividades abaixo.
Texto 1
CALÚNIA:
CALÚNIA:
Afirmar que a vítima praticou ato criminoso em perfis de
redes sociais e grupos de mensagens.
DIFAMAÇÃO:
Postar em páginas de redes sociais e grupos de mensagens
informações que atinjam a honra da vítima
INJÚRIA:
Qualquer opinião pessoal de uma pessoa em relação à outra
que seja depreciativa em redes sociais.
AMEAÇA:
Receber qualquer tipo de ameaça via mensagem inbox ou
mensagens de texto via celular.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL:
Tentar obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa em meio virtual, por exemplo, ameaçar uma pessoa para que ela ligue a
webcam.
FALSA IDENTIDADE:
Utilização de perfis falsos para entrar em sites de
relacionamento ou usar a foto de um desafeto para criar perfil falso.
PERTURBAR A TRANQUILIDADE:
O envio de
mensagens incômodas ou insistentes.
Texto 2
Suicídio digital
Marcos R. Ferreira
Andar pelas ruas, pegar o ônibus,
fazer compras, ir ao cinema. Qualquer atividade cotidiana inclui o uso do
celular, em alguns casos quase como uma extensão do próprio corpo. Nenhuma
dessas atividades, aparentemente simples, está imune à existência dele. Imersas
em um mundo quase utópico, caminham as pessoas, comprometidas com uma realidade
que aparenta não dialogar de forma explícita com as relações de convívio
humanas.
Mas o que caracterizaria, então, as
tais relações citadas? Muitas pessoas discorrem sobre a solidão que sentem,
mesmo estando cercadas de pessoas em suas redes, compartilhando cada passo
realizado durante o dia. Compartilhar virou sinônimo de estar presente, de
encarar um personagem virtual que deveria ser um simulacro daquilo que se é na
realidade.
Fotos selecionadas no Instagram,
feitas com o auxílio dos mais potentes filtros; discursos de ódio, construídos
a partir de uma ignorância meticulosamente encorajada pelos donos do poder
instituído, no Facebook; frases racistas e homofóbicas destiladas no Twitter;
fake news distribuídas como verdades absolutas pelo WhatsApp... Perfis
falsos criados especialmente para atrair pretendentes no Tinder...
Tudo isso, e a percepção sobre tais
coisas, têm encorajado um número cada vez maior de pessoas a cometerem o
chamado suicídio digital, ou seja, um procedimento que possibilita desaparecer
do mundo virtual. É possível apagar as contas das redes sociais e também
solicitar aos mecanismos de busca e pesquisa, como o Google, por exemplo, que
os dados que possibilitam rastrear as trajetórias no universo online do
interessado sejam efetivamente deletados. Tentar retomar a realidade e
efetivamente viver, sem filtros. Decisão complicada quando nosso dia é tomado
pela participação efetiva em redes sociais, compartilhando sonhos, ideias e
perfis falsos, tentando acreditar que somos aquilo que gostamos de teclar.
Poucas pessoas relacionam-se com as
redes sociais sem serem tragadas para um universo digital paralelo. O sociólogo
e filósofo polonês Zygmunt Baumann, em seu livro “A modernidade líquida”, trata
da ideia do sujeito líquido, ou seja, aquele em que inúmeras identidades se
manifestam em momentos diferentes. Esse conceito se aplica perfeitamente à
construção de uma identidade fragmentada que podemos observar nas pessoas que
são usuárias de várias redes sociais. É relativamente simples viver uma
fantasia de poder e empoderamento através da navegação online.
Decidir então, por afastar-se desse
universo torna-se muito difícil, principalmente para a geração dos denominados
nativos digitais, que possuem uma relação muito mais imbricada ao uso das
ferramentas tecnológicas. Libertar-se, portanto, de uma vida regrada por uma
dependência à participação em um mundo virtual significa amadurecer a ideia de
conviver de forma mais simples, mais humana.
Obviamente não significa
distanciar-se da tecnologia ou algo nesse sentido, mas deixar de expor
publicamente suas escolhas e sua vida como algo natural. Claro que se a vida da
pessoa se baseia 100% em articulações presentes no mundo digital, é preciso
verificar as consequências que um sumiço das redes pode proporcionar.
Ter milhares de amigos nas redes
sociais e ninguém para conversar pessoalmente, em um barzinho, ou mesmo em
casa. Coisa de gente velha? Coisa obsoleta já que é possível trocar impressões
via redes digitais? Pode ser... Ou não... Retomando a ideia de identidade
fragmentada, somos seres múltiplos, mas a
identidade de cada um é particular e única. Criar no meio digital uma ilusão a
respeito do que somos, em algum momento, nos colocará em situações difíceis de
resolver. Além disso, ao associar-se a uma rede qualquer, nossa privacidade
deixa de existir, e podemos ser expostos a qualquer momento a toda sorte de
situações.
Nesse
caso, cometer o chamado suicídio digital pode ser uma outra saída para tentar
ter uma vida real, mais saudável e verdadeiramente próxima de nossa família e
amigos.
Vocabulário:
Utópico:
fantasia, sonho.
Simulacro: aparência, coisa que vagamente se assemelha a
outra ou a traz à ideia. Nativos digitais: são as pessoas que nasceram e
cresceram com as tecnologias digitais presentes em nossa vivência. Tecnologias
como videogames, internet, telefone celular, etc.
Exercícios
1 - No trecho “Andar pelas ruas, pegar o ônibus, fazer
compras, ir ao cinema. Qualquer atividade cotidiana inclui o uso do celular, em
alguns casos quase como uma extensão do próprio corpo. Nenhuma dessas
atividades, aparentemente simples, está imune à existência dele”, a
palavra destacada refere-se a:
a) ônibus.
b) cinema.
c) celular.
d) corpo.
2 - No trecho “Coisa obsoleta...” a palavra grifada tem
o sentido de:
a) inútil.
b) nova.
c) ultrapassada.
d) contemporânea.
3 - Segundo o autor, o “suicídio digital” é definido como:
a) a tentativa de retomar a realidade sem compartilhar ideias
e perfis falsos.
b) um procedimento que possibilita desaparecer do mundo
virtual.
c) a possibilidade de rastrear as trajetórias no universo
online.
d) a possibilidade de apagar as contas das redes sociais.
4 - Segundo o autor, é possível criar perfis falsos para
atrair pessoas nas redes sociais. Quais cuidados você considera que sejam
necessários para se proteger no ambiente virtual?
5 - Vivemos em uma era em que é possível verificar a
disseminação de fake news. Que dicas você daria para o usuário
identificá-las nas redes sociais?
6 - Escreva
a relação existente entre o texto 1 e 2, sobre a possibilidade de apagar as
contas das redes sociais.
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